Localizado num pequeno outeiro na freguesia de Ourique, distrito de Beja, o circuito da Cola constituem um leque variado de achados arqueológicos classificados como Monumento Nacional desde 1910. Este circuito é composto por 15 sítios de interesse que vão desde o período Calcolítico até á Idade do Ferro, tendo como centro o Castro Cola:
- Monumento funerário Fernão Vaz I, construído no 3º milénio a.C.;
- Monumento funerário Fernão Vaz II, construído também no 3º milénio a.C.;
- Povoado do Cortadouro, inicialmente construído no período Calcolítico e posteriormente ocupado na Idade do Ferro;
- Nora Velha I, um monumento funerário do período Neo-Calcolítico, utilizado na idade do Bronze e do Ferro;
- Alcaria I, Necrópole da Idade do Bronze;
- Alcaria II, outra necrópole da idade do Bronze;
- Nora Velha II, uma necrópole da Idade do Ferro;
- Atalaia, uma necrópole do 2º milénio a. C (Idade do Bronze);
- Povoação Fernão Vaz, inicialmente da Idade do Ferro e mais tarde ocupada no período medieval e pelos muçulmanos;
- Povoado de Porto das Lajes, originário da Idade do Ferro;
- Necrópole de Fernão Vaz, remonta à Idade do Ferro;
- Monumento funerário do Casarão, construção da Idade do Ferro;
- Monumento funerário Pego da Sobreira, da Idade do Ferro;
- Necrópole Vaga da Cascalheira, construída na Idade do Ferro; e
- Castro Cola, povoado ocupado desde o Neo-Calcolítico até à Idade Média, sendo ocupado por fenícios e cartagineses, destacando-se pouco o período romano.
De todos estes locais destaca-se principalmente o Castro Cola que durante a Idade Média possuía uma população significativa que se baseava na agricultura e pecuária, sendo mais tarde, aquando da reconquista Cristã, um complexo defensivo.
Relativamente ás suas características construtivas, o mesmo é uma construção em alvenaria de pedra, destacando-se as ruínas da torre defensiva e as suas fundações.
O estudo arqueológico foi levado a cabo pelo arqueólogo Abel Viana em 1958, que se baseou nas lendas locais sobre o tesouro da moura encantada, sendo suspensas em 1964 aquando do falecimento do mesmo.
Este monumento é ainda conhecido como Castelo da Cola ou Cidade de Marrachique, e podemos encontrar neste local um Centro de Interpretação arqueológica.