Conceito de Impulsividade
Na psicologia, a impulsividade é um sentimento ou tentação de dizer ou fazer alguma coisa, distinguindo-se de um simples impulso por ser mais sistemático e incontrolável e por revelar uma faceta da personalidade do indivíduo. Todos os seres humanos têm impulsos, por vezes eles surgem sem que se tenha tempo para sobre eles refletir. Os impulsos podem ser demonstrados através da vontade de mostrar raiva relativamente a uma determinada situação, evitar responsabilidades, podendo ser minimizados através de ‘auto-controlo’.
A impulsividade é mais acentuada quando existem perturbações do foro psicológico (por exemplo transtorno bipolar, transtorno de personalidade antissocial e transtorno de personalidade limítrofe) ou quando existe consumo de substâncias psicotrópicas como álcool ou drogas, uma vez que estas substâncias atuam ao nível cerebral nas áreas responsáveis pelos comportamentos, ou seja, o córtex frontal. Neste sentido, a nível psicológico, a impulsividade pode ser entendida como uma falta de sensibilidade às consequências negativas dos comportamentos, uma falta de planeamento das reações aos estímulos e uma lacuna no pensamento acerca das consequências dos atos a médio e longo prazo.
No entanto, este fenómeno não é tão linear quanto possa parecer, uma vez que um mesmo individuo pode conseguir controlar uns impulsos e outros não. Por exemplo, uma mesma pessoa pode conseguir controlar os seus impulsos sexuais ou verbais, e não conseguir controlar o impulso de fumar.
De sublinhar ainda que a impulsividade não é exclusivamente um conceito negativo. Veja-se o exemplo do impulso em travar o carro quando se está em risco de ter um acidente. Neste caso, a impulsividade é um aspeto positivo, já que se a pessoa considerasse todas as questões envolvidas ao ato de travar poderia ser fatal. Podemos, assim, distinguir a impulsividade funcional – positiva e associada a instinto de sobrevivência; e disfuncional – negativa e muitas vezes patológica.