Em termos geográficos, Palenque situa-se no Sul do México próximo da fronteira com a Guatemala. Era uma cidade de dimensão média na estruturação sociopolítica das cidades-estado Maias. As ruínas desta escavação arqueológica estendem-se por aproximadamente quinze quilómetros e são compostas por sensivelmente quinhentos edifícios. Especula-se que 10% da cidade tenha ido descoberta até a data, a restante urbe ainda está submersa pela selva.
Graças às inscrições nos diversos monumentos deste complexo arqueológico e consequente riqueza arquitectónica foi possível ter um novo deslumbre sobre a civilização Maia, embora não fosse das maiores cidades deste povo, a sua riqueza cultural tornou Palenque fulcral para a compreensão dos Maias.
Esta antiga cidade foi descoberta por espanhóis em 1773, quando um conjunto de capitães em busca de madeiras para comércio, deparou-se com um aglomerado de estruturas sobre as quais a selva desenvolvia-se.
Esta descoberta foi um dos achados arqueológicos mais importantes para o estudo dos Maias. Através da análise das inscrições hieroglíficas nos monumentos muito foi depreendido relativamente à cultura e vida deste povo. As escavações mostram que o primeiro assentamento de pessoas em Palanque deu-se a partir do terceiro século a. C.. Assim como a restante civilização Maia, houve um repentino abrandar da acção civilizacional a partir do início do século nono d. C., que resultou no fim desta cidade-estado e dos Maias.
Segundo as inscrições foi possível apurar que Palenque possuía uma grande rivalidade com outras duas cidades-estado, Calakmul e Toniná. Em 711 quando era governava por K’inich K’an Joy Chitam II, Palenque foi saqueada e o monarca aprisionado pela rival Toniná, deixando a cidade sem governação durante dez anos, até K’inich Ahkal Mo’ Nahb III ascender ao poder em 721.
A época áurea de Palenque deu-se no reinado de K’inich Janaab Pakal I de 615 até a sua morte em 683, a maioria dos edifícios de Palenque foram construídos da época de governação deste soberano, como o Templo das Inscrições, no qual estão registados 180 anos da história da cidade, este monumento em forma de pirâmide é exemplificativo da importância desta urbe Maia para o estudo deste povo. Esta pirâmide serviu igualmente como túmulo para Pakal.
Assim como a restante civilização Maia, não são conhecidos as razões que levaram ao declínio de Palanque a partir do início do século nono, apenas que a partir de 799 deixaram de ser construídos novos edifícios e que poucas décadas depois a cidade tinha sido completamente abandonada e absorvida pela selva, sendo descoberta apenas séculos mais tarde.