De acordo com a mitologia grega, os Jónios correspondem a um dos quatro povos descendentes de Heleno, filho de Zeus com Pirra. Juntamento com os Dórios, Aqueus e Eólios formam a matriz criadora da civilização helénica. Os Jónios e Aqueus são netos de Heleno, enquanto os Dórios e Eólios são descendentes directos de Heleno.
Em termos historiográficos os Jónios invadiram de forma violenta a península grega no decorrer do segundo milénio antes do nascimento de Cristo, vindos dos Balcãs. Existem registos um pouco por todo o Médio Oriente e Norte do subcontinente indiano sobre este povo.
Baseavam a sua força na mestria militar e utilização do cavalo, até a chegada dos Jónios uma novidade na Grécia. Utilizavam os adversários derrotados como escravos. Para além de serem uma sociedade vocacionada para a guerra, tinham um tecido económico-social igualitário, com direitos e deveres iguais entre os membros do povo. Os territórios conquistados eram divididos em porções igualitárias entre os cidadãos, com esta politica pretendiam manter as diferentes facções satisfeitas.
Num ponto a mitologia e historiografia coincidem, ambas consideram os quatro povos como originários do povo grego.
Com as movimentações migratórias levadas a cabo pelos Dórios para a Ática e Peloponeso, os Jónios viram-se na contingência de fixaram-se essencialmente nas Ilhas do Mar Egeu e Ásia Menor, onde formaram a Liga Jóina posteriormente constituída por doze cidades, Mileto, Mios, Priene, Éfeso, Cólofon, Lêbedo, Teos, Clazômenas, Foceia, Quios, Eritras e Samos.
Com a expansão do Império Persa para ocidente a Ásia Menor acaba por ser anexada por esta entidade politica no decorrer do século VI a. C., os Jónios e Liga Jónia passam a fazer parte deste gigantesco Império. Uma revolta de várias destas cidades no século seguinte levou o imperador Dário I e os seus sucessores a tentar conquistar e anexar a Grécia ao Império Persa.