Scorpiones, Ordem

Os escopiões são animais que pertencem ao Filo Arthropoda, Sub-Filo Chelicerata. Estão incluídos na Classe Arachnida e estão entre os mais antigos artrópodes terrestres vivos, datam do Silúrico. Estes escorpiões primitivos eram aquáticos e possuiam brânquias. Estudos evolutivos apontam que os escorpiões terrestres tenham evoluido a partir dos euripterídeos (animais merostomados, hoje extintos) durante o Período Carbonífero Superior. Existem cerca de duas mil espécies descritas de escorpiões, sendo que a maioria habita zonas tropicais e sub tropicais.

Estes aracnídeos são animais noturnos, durante o dia escondem-se na vegetação, nomeademente, em troncos de árvores, pedras e fendas de rochas ou em buracos no solo. Embora sejam comuns em zonas desérticas, muitos vivem em zonas de floresta húmida. São animais, ao contrário dos demais da mesma classe, que exibem fluorescência, podendo ser observados com luz ultra violeta. Grande parte das espécies mede entre três a nove centímetros. Vários escorpiões primitivos, do Carbonífero, mediam até oitenta e seis centímetros. Atualmente a espécie que se destaca pelo maior comprimento é a Hadogenes trolodytes, enquanto que, os escorpiões da espécie Typhlochactas mitchelli são os mais pequenos, medindo apenas nove milímetros.

O prossomo destes animais é revestido por uma carapaça, onde se situam dois olhos medianos. As quelíceras são reduzidas e com garras. Os pedipalpos estão muito aumentados, uma característica própria desta ordem. Estes formam uma espécie de tenazes que têm como função a captura da presa. O abdómen é constituído por duas regiões bastante distintas, o pré abdómen, com sete segmentos, e o pós abdómen composto por cinco segmentos estreitos. No lado ventral do primeiro segmento abdominal existem um par de placas operculares que protejem a abertura genital. Posteriormente às placas operculares, e localizado no segundo segmento, existe um par de apêndices sensoriais em forma de pente, designados por pectinas. No sexto segmento encontra-se um par de espiráculos transversais que se abre nos pulmões. Os segmentos do pós abdómen, que terminam num ferrão, apresentam a forma de uma cauda, no último segmento encontra-se a abertura anal.

O ferrão, característico dos escorpiões, está ligado à extremidade posterior do último segmento pós abdominal, tem uma base bulbosa e uma farpa afiada e curva que injeta o veneno na presa. O veneno é produzido nas glândulas ovais, na base do aparelho do ferrão. O veneno, geralmente, tóxico para os invertebrados, não é perigoso para os humanos. Exceptua-se o veneno dos escorpiões da Família Buthidae que é altamente tóxico para o Homem, podendo levar à morte deste. Esta família engloba vinte cinco espécies, sendo os mais conhecidos os do Género Androctonus, da África do Norte, e os Centruroides que habitam a região da América Central.

A maioria dos escorpiões alimenta-se de insetos, ou outros invertebrados. Para apanharem a presa, estes colocam-se numa posição de alerta e esperam a presa. A presa, que é detetada pelos órgãos sensoriais, é capturada pelas tenazes dos pedipalpos ao mesmo tempo que é paralisada pelo ferrão. As quelíceras esmagam e rasgam o alimento.

A nível respiratório as trocas são efetuadas pelos pulmões laminares, existindo dois pares de tubos de Malpighi e um único para de glândulas coxais, que se abrem nas coxas do terceiro par de pernas. O sistema nervoso apresenta um cordão nervoso com sete gânglios não fundidos.

Geralmente, os machos têm um abdómen maior que as fêmeas, e aqueles apresentam um gancho nas placas operculares. As gônadas localizam-se na região do pré abdómen. Todos os escorpiões incubam os ovos dentro do aparelho reprodutivo da fêmea. O desenvolvimento leva vários meses, sendo produzidos até noventa e cinco jovens escorpiões, dependendo da espécie. As eclodirem rastejam sobre o dorso da fêmea e permacem até à primeira muda. Depois, deixam a mãe e tornam-se independentes.

Existem cerca de treze famílias de escorpiões.

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