Conceito de Estilos de Comunicação
A comunicação, verbal (palavra escrita ou oral) ou não verbal (proxémica – distância espacial face a alguém; paralinguística – e.g. tom, projeção da voz, pausas no discurso; e cinésica – movimentos corporais e gestos), pode ser entendida como a veiculação de informação ou mensagem entre um emissor e um recetor.
Na transmissão da mensagem são diferentes os estilos de comunicação que podem ser adotados, sendo esta escolha influenciada pelas características de personalidade e de funcionamento de cada indivíduo, verificando-se uma tendência para um mesmo indivíduo adotar maioritariamente um determinado estilo de comunicação, que pode revelar-me ou mais ou menos adequado, consoante a situação com que o indivíduo se depare.
Podem enumerar-se quatro estilos de comunicação:
a) O estilo passivo, caracterizado pela prevalência dos direitos dos outros em detrimento dos do próprio, não se verificando deste modo uma expressão daqueles que são os seus pensamentos e necessidades, por exemplo, através do evitamento de conflitos ou divergências;
b) o estilo agressivo, caracterizado pela expressão de pensamentos e necessidades de uma forma hostil ou dominadora face aos outros, não respeitando assim os direitos destes na expressão de opiniões divergentes;
c) o estilo manipulador, pautado pela dissimulação daqueles que são os reais objetivos, procurando alcançá-los através de meios que podem passar pela pressão ou “chantagem” dos outros;
d) e o estilo assertivo, caracterizado pela expressão clara dos pensamentos e necessidades do próprio, respeitando igualmente os dos outros, inclusive quando estes são divergentes. Exemplos de uma comunicação assertiva são a capacidade de estabelecer limites nas relações com os outros, como seja discordar de alguém, expressando esta divergência de opiniões e necessidades, ou responder a uma crítica de forma não defensiva ou agressiva, expressando aquele que é o seu ponto de vista com clareza e segurança.
A comunicação assertiva revela-se assim uma importante competência social que pode ser aprendida e desta forma otimizar o modo como o indivíduo se relaciona com os outros e consigo mesmo.
References:
Cormier, S., Nurius, P., Osborn, C. (2009). Interviewing and Change Strategies for Helpers. Fundamental skills and cognitive-behavioral interventions. Belmont: Brooks/Cole.