Conceito de Iconoclasia
No âmbito das artes, o termo Iconoclasia, ou Iconoclastia (palavra que deriva da palavra grega Eikonomachía e que em português significa ‘rutura de imagens’) é usado para descrever um movimento que, com fundamentos religiosos, é hostil ao uso de imagens sacras, destruindo-as por serem a reprodução da humanidade de Cristo. O movimento deriva do monofisismo, doutrina de uma das seitas religiosas, consideradas heréticas, nascidas na Igreja Católica do Oriente, aquando da divisão definitiva do Império Romano. Segundo aquela doutrina, em Cristo há apenas uma natureza: a Divina, pelo que qualquer imagem que O represente é considerada idolatria.
A Iconoclasia teve especial relevância no Império Bizantino quando, em 730, o imperador Leão III, o Isauro proibiu a veneração de ícones. Na sequência desta proibição foram destruídas milhares de imagens, esculturas, mosaicos, ornamentos, pinturas, livros com gravuras e inúmeras outras obras de arte. A Iconoclasia teve novo impulso quando em 754 foi oficialmente reconhecido pelo Concílio de Hieria, concílio no qual não participou a Igreja Ocidental. Mais tarde, em 787, o Segundo Concílio de Niceia repôs o dogma da veneração dos ícones na Igreja Oriental, mas tal voltaria ser revertido em 813 com a subida ao trono de Leão V, o Arménio. Em 843, um novo concílio aprova e subscreve as definições do Segundo Concílio de Niceia e novamente acaba com a Iconoclasia, proclamando o triunfo da ortodoxia.