Biografia de Sandor Ferenczi
Sandor Ferenczi, é um psicanalista húngaro bastante conceituado pela sua ligação a Sigmund Freud (1856 – 1939) e pelas suas ideias controversas no que diz respeito à relação terapêutica – paciente-psicanalista. Nasceu em 1873. Filho de um livreiro, Sandor seguiu os estudos de medicina, sendo a medicina social, o seu ramo de medicina favorito. Foi considerado uma boa pessoa, sempre disponível para ajudar, ficou conhecido pela sua preocupação social, técnica e prática de grupos excluídos e oprimidos (sem-abrigos, mulheres, homossexuais, marginais, entre outros), não escapando a esta sua preocupação, os seus pacientes. Defendia que os pacientes deviam ser tratados de forma calorosa, através de gestos e afeto.
Por esse motivo, Sandor Ferenczi sempre se sentiu muito atraído pelas hipóteses técnicas e práticas mais do que teóricas. Em 1908 explicou a existência da contra- transferência, como sendo inclusive a tendência para a analista considerar os seus assuntos, os assuntos dos pacientes. S. Freud, em 1910, conceptualizou a noção. Sandor Ferenczi foi analisado por este último, seu amigo e colega em 1914 e 1916. Em 1912 criou a Sociedade Psicanalítica de Budapeste da qual fez parte René Spitz (1887 – 1974).
Foi orientador de Melanie Klein (1882 -1960) e Michael Balint (1896 -1970). Faleceu aos sessenta anos, em1933, com anemia perniciosa.
Fez parte do Comité Secreto nomeado por S. Freud com Otto Rank (1884 -1939), Karl Abraham (1877 -1925), Ernest Jones (1879 – 1958) e Max Eitingon (1881 -1943).
Das suas obras destacam-se Psicanalise I (1908-1912); Psicanalise (1913-1918); Psicanalise, (1919-1926); Psicanalise (1927-1933); Diário Clínico, (1932); Sigmund Freud e Sandor Ferenczi, correspondência, (1908-1914)