Cinema Português

O Princípio da História do cinema português e a sua evolução no tempo. Filmes e realizadores mais influentes.

O Princípio da História do cinema português

Acredita-se que o cinema entrou em Portugal em 1896 graças a Aurélio da Paz dos Reis , um vanguardista que defendia o progresso e apresentou o seu “Kinematographo Portuguez”.

A primeira curta-metragem portuguesa surge em 1911 pelas mãos de João Tavares, um percursor dos projectos de João Correia que iniciou a ideia de criar uma estrutura linear cinematográfica (o que chamamos de Storytelling), sendo dos primeiros a fazê-lo em Portugal.

Em 1917, o cinema português dedica-se aos filmes de comédia, como acontecia já no cinema americano e influenciado por este género e pela personagem cómica Charlie Chaplin, Emídio Ribeiro Pratas apresentou o Charlot com a mesma similitude.

Entre 1918 e 1924, o cinema português estava em crescendo, produzindo 35 filmes e apresentando novas empresas cinematográficas como a Invicta Film do Porto e a Lusitânia Film em Lisboa. Em 1932 surge a empresa Tobis Portuguesa que viria a produzir o grande sucesso “A Canção de Lisboa”, em 1933.

Neste mesmo ano, Salazar sobe ao poder e proclama o Estado Novo. Em breve, tal como aconteceu no cinema chinês ou mesmo no cinema espanhol, o cinema é usado como veículo propagandista. Em época de censura surge o filme de propaganda do Estado Novo, baseada na realidade política da altura: o fim da primeira República Portuguesa e a tomada de poder por Salazar intitulado “A Revolução de Maio

Já nas décadas de 40 e 50, o cinema português fica marcado pelas obras de Manoel de Oliveira com “Aniki Bobó” e “O Pai Tirano” de António Lopes Ribeiro, numa fase intitulada de cinema neorrealista que retratava o verdadeiro momento e espaço.

O cinema português surge com uma nova visão nos anos 60 com Ernesto Sousa a apresentar o filme “Dom Roberto” e Paulo Rocha com “Os Anos Verdes”. Estes realizadores em conjunto com Fernando Lopes, José Fonseca e Costa e António Pedro Vasconcelos formam a primeira cooperativa de cinema intitulada CPC – Centro Português de Cinema que pretendia ser o apoio dos cineastas portugueses na realização dos filmes.

Com o fim da ditadura em 1974, o cinema português experimentou novas técnicas e linhas narrativas, quebrando padronizações com criações experimentais, ousadas e provocadoras. Dentro deste panorama destaca-se o realizador João César Monteiro que conseguia surpreender pela sua forma de contar histórias e o seu o filme “Recordações da Casa Amarela” é o mais conhecido internacionalmente.

No ano 2000 é exibido o filme com mais sucesso de bilheteira “Capitães de Abril” , um filme sobre a Revolução dos Cravos e a democracia em Portugal, com Maria de Medeiros no elenco.

A evolução do cinema português

A evolução do cinema português esteve desde sempre ligada à evolução política do país. Por este motivo, a falta de fundos e recursos técnicos em conjunto com a censura política sempre foram entraves que iam sendo ultrapassados por aqueles que conseguiram criar um núcleo de cinema como Leitão de Barros, Jorge Brum do Canto, Arthur Duarte, António Lopes Ribeiro mencionando apenas alguns.

Ao longo dos anos foram já produzidos muitos filmes portugueses, mas a situação actual continua a ser difícil para a realização de cinema em Portugal. Os recursos financeiros são escassos, o leque de filmes que chega aos cinemas é reduzido, mas ainda assim não deixa de ser uma referência no mercado internacional.

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