Brânquias (ou Guelras)

As brânquias (também conhecidas por guelras) são órgãos respiratórios adaptados às trocas gasosas necessárias à respiração dentro de água e que podem…

As brânquias (também conhecidas por guelras) são órgãos respiratórios adaptados às trocas gasosas necessárias à respiração dentro de água e que podem estar presentes em diversos animais.

Ao nível das brânquias ocorrem trocas gasosas (nomeadamente envolvendo oxigénio e dióxido de carbono) entre a água e o meio interno do animal. As brânquias extraem oxigénio dissolvido na água e libertam para esta dióxido de carbono produzido pelo metabolismo do animal.

As brânquias são estruturas lamelares muito vascularizadas, suportadas por estruturas ósseas designadas arcos branquiais. Podem ser internas (se se localizam no interior do corpo do animal em causa) ou externas (se se encontram expostas e/ou dirigidas para o exterior do animal).

Peixes

Nos peixes ósseos, as brânquias encontram-se geralmente nas câmaras branquiais, uma espécie de cavidade existente em ambos os lados da cabeça dos peixes. As câmaras brânquias encontram-se cobertas pelo opérculo, uma estrutura protetora, mais ou menos rígida, cuja abertura e fecho está relacionada com o movimento da água através das brânquias – quando o peixe tem a boca aberta e o opérculo fechado, a água entra pela sua boca e atravessa as brânquias; quando, por sua vez, a boca do peixe está fechada e o opérculo aberto, a água sai pela fenda branquial (após passar pelas brânquias, libertar o oxigénio o recolher o dióxido de carbono). Na maior parte dos peixes cartilagíneos não existe opérculo, apenas fendas branquiais através das quais as brânquias contactam com o meio exterior – nos tubarões estas fendas encontram-se na parte lateral da cabeça, enquanto que nas raias se situam na parte ventral do seu corpo.

Anfíbios

Alguns anfíbios possuem brânquias durante a sua fase larvar, já que durante este estágio de desenvolvimento vivem apenas em meio aquático. Nestes animais as brânquias podem ser internas ou externas. Ao longo do seu desenvolvimento estes animais sofrem metamorfoses, as quais incluem o desaparecimento das brânquias e o aparecimento de pulmões (em adultos, os anfíbios realizam as trocas gasosas através de pulmões e da sua pele). Uma exceção é o axolote (ou axolotl), ou salamandra-mexicana (Ambystoma mexicanum). Este anfíbio mantém as suas caracterísitcas brânquias externas ao longo de toda a vida.

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References:

  • Cassan, F. (2007). Peixes e Anfíbios. Barcelona – Buenos Aires: Editorial Sol.
  • Kardong, K (2002). Vertebrates: comparative anatomy, function, evolution. 3rd ed. New York: MCGraw-Hill.
  • LEANDRO, P.; GIL, F.; INÁCIO, A. (2009). Guia – Aquário Vasco da Gama. Oeiras: Aquário Vasco da Gama.
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