Sísifo, rei da Tessália e de Enarete, é uma figura lendária da mitologia grega.
Filho de Éolo, fora aclamado por muitos como sendo o mais habilidoso e astuto dos homens. Fundou a cidade de Éfira que, mais tarde, passou a designar-se Corinto.
Casou com a filha de Atlas, de seu nome Mérope, a única deidade que, aliás, se uniu a um mortal. Juntos tiveram um filho, Glauco.
Após ter desafiado Zeus, ao ter revelado ao deus dos rios, Asopo, que fora este quem tinha sequestrado a sua filha, fora perseguido por Tanatos, o deus da morte, mas, num primeiro momento, Sísifo conseguiu enganá-lo. Depois, apercebendo-se de que, afinal, não conseguia escapar ao seu destino, pediu à esposa para não realizar qualquer tipo de funeral e foi enviado para o mundo dos mortos. Lá, pediu a Hades para voltar ao mundo dos vivos, pois tencionava castigar a sua mulher por não lhe ter prestado quaisquer exéquias fúnebres.
Ora, dado que Sísifo não queria voltar para o mundo dos mortos, foi condenado a empurrar, para todo o sempre, um rochedo até ao cimo de uma montanha, onde o deveria colocar. No entanto, nunca conseguiu realizar a tarefa, pois a pedra, ao chegar ao seu destino, rolava pela encosta do outro lado.
Esta lenda tem sido utilizada como figura literária para denominar missões ou trabalhos que se prevê nunca poderem ser acabados ou que são considerados inúteis.
Albert Camus, por exemplo, no ensaio filosófico «O mito de Sísifo» (1942), compara o absurdo da vida com a pena rotineira, monótona e cansativa a que Sísifo fora condenado por não querer morrer.