Além dos processos regulares relativamente à formação de novas palavras, como a derivação ou a composição, a língua portuguesa também apresenta um vasto leque de palavras formado por vários processos irregulares, ou seja, a extensão semântica, a amálgama, a sigla, a acronímia, a truncação e o empréstimo.
Extensão semântica: este processo consiste na atribuição de um novo sentido ou significado a uma palavra que antes não tinha. Diferenciam-se pelo contexto em que são utilizadas. Ex: “rato” (animal) e “rato” (ferramenta do computador).
Amálgama: diz respeito ao processo de criação de uma nova palavra que resulta da fusão de dois vocábulos já existentes na língua. Durante o processo, normalmente um dos vocábulos sofre alterações na sua forma original. Ex: “informática” (“informação”+”automática”).
Sigla: é um vocábulo que resulta da redução das palavras de uma expressão às suas iniciais. Exs: ONU (Organização das Nações Unidas), GNR (Guarda Nacional Republicana).
Acronímia: processo semelhante ao da sigla, ou seja, a partir da redução de palavras de uma expressão às suas iniciais. Contudo, ao contrário da sigla, que se lê soletrando, o acrónimo pronuncia-se como uma palavra. Exs: SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida), UNICEF (United Nation’s Children’s Fund).
Truncação: processo que consiste na redução de uma palavra, suprimindo-se, geralmente, as sílabas iniciais. Ex: “otorrino” (otorrinolaringologista).
Empréstimo: processo que consiste em importar palavras de outras línguas que são comummente usadas pelos falantes. O português tem variados empréstimos oriundos de outras línguas, tais como o árabe (“xeque”, “alface”), o alemão (leimotiv) ou o japonês (“sushi”).