O tendão corresponde à estrutura responsável pela conexão do músculo ao osso, de modo a facilitar o movimento.
As propriedades materiais e estruturais não são universais nos tendões, são otimizadas de forma a promover a variedade funcional aos diferentes tipos de tendões. Normalmente, os tendões necessitam de um combinação equilibrada entre elasticidade (para guardar energia) e rigidez (para a transmissão eficiente de forças).
Os tendões podem ser divididos em dois tipos: tendões mais posicionais (por exemplo, os das mãos) e tendões que armazenam energia (como o tendão de Aquiles ou o tendão rotuliano). Os primeiros são mais rígidos, enquanto os segundos são mais extensíveis. Os tendões posicionais são sujeitos a pouca carga, ao contrário do que acontece com os tendões que armazenam energia. Assim, as suas características mecânicas diferem, nomeadamente, na forma como reagem à tensão aplicada.
Apesar da composição de um tendão variar consoante a sua funcionalidade, a maioria é constituída por 70-90% de colagénio tipo I, 2-5% de proteoglicanos, 0,5%-5% de outras glicoproteínas, 0,5%-3% de elastina e 10% de células. O colagénio é responsável pela força de tensão do tendão, a elastina pela elasticidade e os proteoglicanos por absorver água e resistir às forças de compressão, bem como providenciar lubrificação.
As alterações na estrutura dos tendões e as alterações na carga a que um tendão está sujeito, podem levar ao aparecimento de uma tendinopatia. As importantes diferenças estruturais entre os tipos de tendões sugerem a necessidade de uma abordagem específica quando se tratam estas lesões.
References:
Jull, G. et al (2015) Grieve’s Modern Musculoskeletal Physiotherapy (Fourth Edition), Elsevier (Chap. 10, pp 106-115)