Designa-se “Távola Redonda” o ciclo da literatura medieval que se baseava no conjunto de lendas célticas que tinham como pano de fundo o rei Artur e a sua ordem dos cavaleiros. O nome do ciclo deve-se à mesa em torno da qual estes se reuniam, representando a igualdade que reinava por entre todos.
Dos séculos XII, com o poeta Wace, ao XIV foram compostos diversos poemas baseados nessas lendas, sendo um dos mais notáveis da autoria de Chrétien de Troyes.
Mais tarde, as narrações em prosa, denominadas “romances de cavalaria”, continuaram a saga, abordando temáticas como a busca do Santo Graal e as histórias do próprio rei Artur, de Lancelote, do mago Merlin ou de Tristão e Isolda, as quais ainda hoje continuam a inspirar um leque variado de escritores um pouco por todo o mundo.
Na Península Ibérica, o “ciclo arturiano” foi constituído por diversas obras, a saber «Amadis de Gaula» (1508), da autoria de Garcia Rodriguez de Montalvo, «A Crónica do Imperador Clarimundo» (1522), de João de Barros, ou «Palmeirim de Inglaterra» (1543), de Francisco Morais.