Ácido de Arrhenius

Apresentação do Ácido de Arrhenius: Svante August Arrhenius (Vik, 19 de fevereiro de 1859 — Estocolmo, 2 de outubro de 1927), químico sueco e prémio Nobel da (…)

Conceito de Ácido de Arrhenius

Svante August Arrhenius (Vik, 19 de fevereiro de 1859 — Estocolmo, 2 de outubro de 1927), químico sueco e prémio Nobel da Química em 1903, criou a teoria ácido-base batizada com o seu nome.

Segundo esta, um ácido (ácido de Arrhenius) é uma substância que, quando em solução aquosa, sofre uma reação de ionização, libertando protões (H+) como único catião.

Esta definição está enraizada nos estudos de dissociação eletrolítica levados a cabo por Arrhenius que verificou experimentalmente que algumas substâncias formam iões no meio aquoso e outras não. Por outras palavras, é possível verificar que, em solução aquosa, algumas substâncias conduzem a corrente elétrica e outras não.

Foi determinado que compostos iónicos (como o cloreto de sódio NaCl, o vulgar sal de cozinha) sofrem dissociação iónica quando em contacto com a água, separando-se nos iões correspondentes (no caso do NaCl, Na+ e Cl), pelo que as soluções geradas conduzem a corrente elétrica. Por outro lado, os compostos moleculares (como a amónia NH3) mantêm a sua estrutura molecular e geram soluções aquosas não condutoras de eletricidade.

No entanto, Arrehenius também verificou que o ácido clorídrico (HCl), uma substância molecular que, como tal, não deveria conduzir a corrente elétrica quando em solução aquosa, na realidade, fazia-o. Concluiu, então, que a ligação covalente entre o átomo de cloro e o átomo de hidrogénio desta molécula se quebrava por reação com a água, originando uma solução iónica. A este fenómeno, dá-se o nome de ionização.

A reação de ionização do ácido clorídrico é expressa pela seguinte equação química:

H2O(l) + HCl(g)  H3O(aq) + Cl(aq)

De forma simplificada, é frequente apresentar-se a reação de ionização omitindo a participação da água:

HCl(aq)  H+(aq) + Cl(aq)

Naturalmente, daqui se conclui que, em solução aquosa, os compostos iónicos são sempre condutores de eletricidade e os compostos moleculares podem, ou não, sê-lo, dependendo da existência de reação de ionização.

Assim nasce a definição de ácido de Arrhenius – uma substância que, em solução aquosa, liberta como único catião o ião H+. Posteriormente, esta definição foi revista, sendo mais correto dizer-se, atualmente, que ocorre a libertação de iões hidrónio (H3O+).

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