Dados Biográficos | |
Nome | João Mendonça Azevedo |
Nascimento | 10 de Julho de 1915 |
Morte | 4 Janeiro 1991 |
Naturalidade | Barreiro |
Posição | Guarda Redes |
Clubes | Luso, Sporting CP, Oriental |
Altura | 187 Cm |
João Mendonça Azevedo é um futebolista Português, nascido a 10 de Julho de 1915, e que ficou famoso por ser o guarda redes lendário do Sporting CP, durante a época em que os cinco violinos eram os atacantes do Sporting Clube de Portugal. Muitas pessoas ainda o consideram o melhor Guarda Redes de Todos os tempos.
João Azevedo começou a jogar à bola no Futebol Clube Barreirense nas camadas jovens, após o que transitou para o Luso, clube também da cidade do Barreiro. Tentou depois a sua sorte no Sport Lisboa e Benfica, e foi treinar à experiência no Clube. Agradou, e foi convidado a assinar, no entanto, visto que não gostou da forma como foi tratado não mais apareceu nas instalações do clube.
Pouco tempo depois, em 1935, aos 20 anos assinou pelo Sporting Clube de Portugal, clube no qual se manteria pelos próximos 17 anos. Marcou uma era, e venceu oito campeonatos nacionais, quatro taças de Portugal, nove campeonatos de Lisboa e a Taça Império. A crítica espanhola apelidou-o de “El Tigre Português“.
Chegou ao Sporting CP como terceiro guarda-redes, visto que naquela época o Sporting tinha acabado de garantir a contratação do prestigiado guarda redes brasileiro Jaguaré, que competiria com o internacional Artur Dyson, portanto, estava reservado para Azevedo uma posição terciária. Só viria a jogar pela primeira vez com a camisa do Sporting em 1936, num jogo no Porto frente ao Boavista FC, para o Campeonato da Liga. Dois meses após esta estreia torna-se no guarda redes principal do Clube, iniciando um reinado que o levaria à condição de lenda do Clube. Totalizou perto de 600 jogos, e 423 dos quais oficiais. Além disto, após conquistar a baliza leonina, foi chamado pela primeira vez à Seleção Nacional de Portugal, onde se manteria durante os próximos anos, perfazendo um total de 19 jogos com a camisa das Quinas.
Guarda redes de enorme valentia e coragem, Azevedo venceu uma Taça ao pé coxinho e um Campeonato de braço ao Peito, além de ter jogado após ser suturado com 12 pontos na cabeça, era além de valente, refilão o que lhe custou alguns contratempos.
O momento mais marcante da sua carreira, acontece em 17 de Novembro de 1946, numa Final do Campeonato de Lisboa contra o eterno rival o Sport Lisboa e Benfica. Este jogo mítico, torna-se lendário aos 43 minutos quando numa bola disputada, Azevedo fratura a clavícula. Naturalmente, saiu, para receber assistência e foi para o seu lugar Jesus Correia, futebolista e hoquista. Ao intervalo entrou para o seu lugar, Veríssimo que foi ocupar o seu lugar na baliza. Aos 22 minutos do segundo tempo, porém, Azevedo Reentrou em campo de braço ao peito. Nessa altura da partida o resultado estava em 1-1. O Sporting viria a vencer a Partida por 3-1 e no final a equipa levou Azevedo em ombros como forma de agradecimento pelo esforço e fenomenal registo.
Noutra ocasião, digna de nota, numa final da Taça de Portugal frente ao Futebol Clube Os Belenenses, Azevedo fraturou o pé e jogou o resto da partida sem por o calcanhar no chão. Só sofreu um golo e o Sporting viria a vencer a Taça.
Antes de cada partida, os nervos tomavam conta de si, e então Azevedo escondia-se num canto a fumar. Os seus treinadores, em especial Cândido de Oliveira, eram complacentes com os seus hábitos.
Chegou ainda a ser capitão do Sporting, por um breve período após o abnadono do anterior capitão, e capitão durante o período dos cinco violinos, Álvaro Cardoso. Tinha então 36 anos, e não permaneceria no Sporting por muito mais tempo, pois Joaquim Carvalho, são conterrâneo do Barreiro, em breve roubar-lhe-ia o lugar como número 1 do Sporting.
Um das duas 19 internacionalizações é memorável, pois ficou conhecido como “O Gato de Frankfurt” em vista da extraordinária exibição com a camisa das Quinas. Mas também foi numa destas ocasiões que teve um dos piores momentos da carreira. Num jogo com a Inglaterra em que Portugal perdeu por 10 a 0, foi substituído aos 24 minutos quando já perdiam por 4 golos de diferença.
Foi dispensado do Sporting em 1953, nas vésperas da digressão ao Brasil, e ainda sugeriu permanecer como Treinador de Guarda Redes, uma novidade para a época. Não foi aceite, e mudou-se para o Oriental onde encerraria a carreira. Depois, tornou-se taxista na Cidade Natal, o Barreiro, e motorista de um colégio em Londres, onde nunca disse quem era e retornou a Portugal em 1981. Dez anos depois viria a falecer em 3 de Janeiro de 1991.
Época | Equipa | Jogos | Golos | |
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1953/54 | 14 | 0 | ||
1952/53 | 2 | -4 | Camp. Nacional | |
1951/52 | 1 | 0 | Camp. Nacional | |
1950/51 | 22 | -33 | ||
1949/50 | 24 | -25 | Taça Portugal, Taça 1º Categoria | |
1948/49 | 21 | -23 | Camp. Nacional | |
1947/48 | 28 | -57 | Camp. Nacional, Taça Portugal, Taça 1 Categoria | |
1946/47 | 27 | -47 | Camp. de Lisboa | |
1945/46 | 35 | -35 | Camp. Nacional, Taça Império | |
1944/45 | 35 | -60 | Camp. Lisboa, Taça de Portugal | |
1943/44 | 20 | -35 | Camp. de Lisboa, Taça Império | |
1942/43 | 26 | -47 | Camp. de Lisboa | |
1941/42 | 21 | -28 | Camp. de Lisboa | |
1940/41 | 28 | -34 | Taça de Portugal. Camp. Lisboa e de Portugal | |
1939/40 | 21 | -31 | ||
1938/39 | 30 | -38 | Camp. de Lisboa | |
1937/38 | 28 | -38 | Camp. de Lisboa e de Portugal | |
1936/37 | 26 | -40 | Camp. de Lisboa | |
1935/36 | 12 | -18 | Camp. de Portugal | |
1934/35 | – | – | ||
1933/34 | – | – |