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Arouca é um município português localizado no distrito do Aveiro, na região norte e Área Metropolitana do Porto. É um município com 22 359 habitantes, de acordo com os censos de 2011, estando dividido em 16 freguesias em 329,11 km². O município faz fronteira com São Pedro do Sul, Castro Daire, Cinfães, Castelo de Paiva, Gondomar, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra.
As 20 freguesias do concelho de Arouca são: Alvarenga, Arouca e Burgo, Cabreiros e Albergaria da Serra, Canelas e Espiunca, Chave, Covelo de Paivó e Janarde, Escariz, Fermedo, Mansores, Moldes, Rossas, Santa Eulália, São Miguel do Mato, Tropeço, Urrô e Várzea.
História
A geografia atual do concelho de Arouca, com as suas 20 freguesias, corresponde a uma evolução que decorreu ao longo de séculos. Arouca herdou freguesias de concelhos suprimidos no século XIX e até concelhos na sua globalidade: Vila Meã do Burgo deu origem à freguesia do Burgo; os municípios de Alvarenga e Fermêdo deram origem às freguesias de Santa Cruz de Alvarenga, Canelas, Janarde e Espiunca e ainda às freguesias de S. Miguel do Mato, Fermêdo, Escariz e Mansores; a freguesias de Covêlo de Paivó foi anexada ao concelho de Arouca em 1917.
Contudo, antes disso, o território do concelho de Arouca foi povoado, como comprovam vários vestígios pré-históricos encontrados. Além da presença dos romanos, é possível atestar a permanência de populações de origem germânica e muçulmana.
A histórica de Arouca adquire maior relevância a partir da fundação e crescimento do Mosteiro e, sobretudo, após o ingresso na comunidade de religiosas de D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I, entre 1217 e 1220. Deste modo, a história de Arouca está diretamente relacionada com o Mosteiro, erigido no século X e cujo padroeiro é S. Pedro.
Em 20 de Dezembro de 1513, o rei D. Manuel I concedeu carta de foral ao concelho de Arouca.
Património edificado e natural
O Mosteiro de Arouca, que inclui a Igreja Paroquial e o túmulo de D. Mafalda, é o principal ex-libris do património do concelho. Além do mosteiro, é importante mencionar a Capela da Misericórdia, o Calvário, a Capela de S. Pedro, a Capela de Nossa Senhora do Carmo, a Capela de Santo António, a Capela de Santa Luzia, a Capela da Senhora da Mó, a Casa dos Malafaias, o Memorial de Santo António, a Torre dos Mouros e os Pelourinhos de Arouca, Alvarenga, Burgo e Fermêdo.
A principal riqueza natural de Arouca é o Arouca Geopark, correspondendo à área administrativa do concelho. Este espaço é reconhecido pelo seu património geológico de relevância internacional, onde se destacam as Trilobites gigantes de Canelas, as Pedras Parideiras da Castanheira e os Icnofósseis do Vale do Paiva. No total são 41 geossítios de relevo histórico e geológico. No Arouca Geopark encontramos ainda os Passadiços do Paiva, um total de oito quilómetros ao longo do margem do rio Paiva que proporcionam um passeio rodeado de paisagens de beleza ímpar.
Gastronomia
A gastronomia é outro dos elementos identitários de Arouca, destacando-se a doçaria conventual e a carne arouquesa. Associada ao Mosteiro, na doçaria conventual temos as castanhas doces, o manjar de língua, as barrigas de freira, as roscas e charutos de amêndoa, as morcelas doces e a bola de S. Bernardo. Além disso, a doçaria regional é ainda marcada pelo pão-de-ló de Arouca, húmido em fatias e seco em bola. Os animais de raça arouquesa, cuja carne obteve certificação com Denominação de Origem Protegida em 1998, são criados em liberdade nas encostas serranas e alimentados à base de vegetação natural, o que confere à carne um sabor diferenciado. A carne pode ser confecionada em vitela assada, posta arouquesa, costela arouquesa, bife de Alvarenga, entre outros.
Geminações
Com o objetivo de aproximar os povos e criar laços históricos e culturais de amizade, o município celebrou os seguintes Protocolos de Geminação:
- Santos, São Paulo (Brasil)
- Poligny (França)
- Zhangjiajie (China)
Brasão da cidade
O brasão da cidade é um escudo de azul com busto da rainha Santa Mafalda, vestida de prata, coroada e aureolada de ouro, acompanhada de dois ramos de oliveira, de ouro, atados em ponta do mesmo metal. Chefe de prata com uma faixa e três palas de vermelho, carregado em cada cruzamento com uma flor-de-lis de ouro. A coroa mural é de quatro torres de prata e o listel é branco com a legenda AROUCA a negro.