Conceito de Estromatólitos
Os estromatólitos são formações semelhantes a rochas que podem ser encontradas em meios marinhos pouco profundos e de elevada salinidade. Resultam da agregação de sedimentos por microorganismos designados por cianobactérias, bactérias fotossintéticas também conhecidas por ‘algas azuis’. Algumas destas formações são bastante antigas como os estromatólitos australianos que datam de há cerca de 3500 milhões de anos, do Arcaico (éon compreendido entre cerca de 4000 e 2500 milhões de anos). São considerados fósseis do período dos primeiros organismos que começaram a realizar a fotossíntese, responsáveis pelo aumento da concentração de oxigénio no planeta. Assim, e de acordo com o registo fóssil, os estromatólitos terão sido abundantes por volta de 2500 a 2700 milhões de anos atrás, e a sua actividade terá modificado de forma decisiva a atmosfera da Terra, tendo permitido a evolução das formas de vida aeróbicas.
Actualmente, os estromatólitos estão praticamente extintos nos meios marinhos tendo sido encontrados em algumas regiões como em Shark Bay na Austrália e em diversos locais, como no Oceano Índico, no Parque Natural de Yellowstone e nas Bahamas.
Representação da formação de um estromatólito. Os estromatólitos formam-se camada a camada. As colónias de bactérias (filamentos azuis) formam uma rede filamentosa coberta por muco. As bactérias fixam as partículas sedimentares em suspensão na água. Estas partículas são, pouco a pouco, cimentadas por carbonato de cálcio resultante da fotossíntese realizada por estas bactérias, a partir do dióxido de carbono (CO2) e do ácido carbónico (H2CO3) disponível em solução na água. Uma nova camada de bactérias vai seguidamente crescer em cima da camada de sedimentos, e assim, de forma sucessiva, vão se formando estruturas de sedimentos agregados que se assemelham a rochas.