Cupressaceae, Família (Cupressus)

Descrição da família Cupressaceae, as suas principais características, locais de distribuição, assim como as suas utilizações mais comuns…

Este artigo é patrocinado por: «A sua instituição aqui»

Descrição da Família Cupressaceae (Cupressos)

sequoia sempervirens

sequoia sempervirens

 

Cupressaceae (Cupressus)
Reino Filo Classe Ordem Família Género Espécie
 Plantae Pinophyta Pinopsida Pinales Cupressaceae

 

Distrib. Geográfica Estatuto Conserv. Habitat Necessidades Nutricionais
 Longevidade
 zonas temperadas  perigo de extinção  –  – 3000 anos

 

Características Físicas
Anatómicas  tronco fibroso acastanhado e resinoso, órgãos reprodutores com forma de cone, folhas sésseis ou pecioladas, pólen esferico
Tamanho  porte arbóreo ou arbustivo, variando entre 1 metro a centenas de metros
 existem fosseis do período Jurássico

 

Cupressaceae é a designação atribuída à família dos Ciprestes, Sequoia e Cupressus. Esta família está incluída na ordem Pinales, que pertence à classe Pinopsida, pertencente ao filo Pinophyta. Algumas espécies desta família são confundidas com Cedrus devido ao seu caracter aromático, no entanto, os cedros pertencem à família Pinaceae.

Esta família reúne cerca de 30 géneros, nos quais estão incluídas centenas de espécies. As árvores pertencentes a esta família são geralmente designadas por coníferas devido à forma e aspeto dos seus órgãos reprodutores. Esta família existe desde o período Jurássico, sendo conhecidos registos fósseis que datam desse período.

Principais características:

As espécies pertencentes a esta família apresentam um porte arbóreo ou arbustivo Estas podem ser dióicas ou monóicas consoante a espécie. O seu tronco é geralmente fibroso, apresentando uma cor alaranjada ou acastanhada, consoante a espécie. A maior parte destas espécies é resinosa e algumas são consideradas aromáticas.

Estes indivíduos possuem um tamanho razoável, no entanto, é possível encontrar nesta família o género com as espécies com maiores dimensões (Sequóia). As árvores da família Cupressaceae podem atingir alturas que vão do 1 metro até algumas centenas de metros (no caso das sequóias). Nesta família também estão incluídas as árvores mais antigas, que podem viver bem mais do que 3000 anos.

As suas raízes são fibrosas ou lenhosas. As folhas são simples, mas não são inteiras, apresentando distribuição oposta, geralmente reunidas em pares ou grupos de três. Estas são persistentes, encontrando-se presentes durante as épocas desfavoráveis, o que não significa que não percam algumas das suas folhas. Em alguns casos estas folhas são pecioladas, podendo também se encontradas espécies com folhas sésseis.

Os seus órgãos reprodutores possuem a forma de cone, estes podem ser masculinos ou femininos, surgindo em indivíduos diferentes. Quando maduros, estes cones são lenhosos, no entanto, em algumas espécies podem ser carnudos. Os cones masculinos podem surgir nas regiões axiais ou nas regiões terminais, enquanto os cones femininos surgem geralmente nas zonas terminais dos galhos. A maturação pode ocorrer de forma anual ou bianual, consoante a espécie.

O pólen é esférico, não possuindo órgãos alados. Os cones podem levar anos para abrir e libertar as sementes, em alguns casos estes apenas abrem após estarem na presença de fogo. As suas sementes são aladas e encontram-se nos cones, cobertas por estruturas semelhantes a pequenas escamas. As suas plântulas são geralmente dicotiledóneas.

As espécies do género Juniperus possuem pseudofrutos carnudos, geralmente bagas. A maior parte das espécies pertencentes à família Cupressaceae é bastante resistente a fungos ou a decompositores, sendo raro encontrar espécimes contaminados ou doentes.

Distribuição e utilizações:

Esta família é originária das zonas temperadas em ambos os hemisférios. Esta família encontra-se em todos os continentes com excepção da Antártida, sendo uma das famílias de gimnospérmicas que apresenta maior distribuição. A maior concentração desta família encontra-se no hemisfério sul, no entanto, a o género Juniperus é predominante nas regiões temperadas do hemisfério norte.

Apesar da sua ampla distribuição, muitas espécies estão circunscritas a pequenas áreas, sendo que uma grande parte das espécies pertencentes à família Cupressaceae encontra-se em perigo de extinção.

Algumas espécies desta família são consideradas sagradas em alguns países, no Japão a espécie Cryptomeria japonica é considerada a árvore nacional do país, já a espécie Taxodium mucronatum é considerada a árvore nacional do México.

Alguns membros desta família podem ser utilizados para a produção de incenso devido às suas capacidades aromáticas. As capacidades aromáticas de algumas espécies permitem a sua utilização como repelente de traças, quando colocadas dentro de armários. Em algumas partes da América do Norte, certas espécies de Cupressus são cultivadas como árvores de natal.

Estas árvores são muito apreciadas pela sua madeira, utilizada para a produção de mobiliário, assim como pela sua resina e pela sua utilização como espécies ornamentais. Os óleos, de algumas espécies, também apresentam grande importância comercial, pois podem ser utilizados em perfumes ou em medicamentos.

A sua resistência a fungos torna esta madeira muito apreciada para usos no exterior, como por exemplo, para a construção de cercas, vedações ou postes. O pólen de uma grande quantidade de espécies de Cupressaceae causa severas alergias, particularmente em regiões onde existe uma grande concentração de espécimes.

 

3788 Visualizações 1 Total

References:

Cupressaceae. (2016). Encyclopædia Britannica. Consultado em: Maio 31, 2016, em http://www.britannica.com/plant/Cupressaceae

Earle, Christopher J. (2016). Cupressaceae. The Gymnosperm Database. Consultado em: Maio 31, 2016, em http://www.conifers.org/cu/Cupressaceae.php

Iacovacci, Patrizia; Afferni, Claudia; Barletta, Bianca; Tinghino, Raffaella; Di Felice, Gabriella; Pini, Carlo; Mari, Adriano (1998) Juniperus oxycedrus: A new allergenic pollen from the Cupressaceae family. Journal of Allergy and Clinical Immunology. Vol. 101, Issue 6. Pages 755–761. Consultado em : Maio 31, 2016, em http://www.jacionline.org/article/S0091-6749(98)70304-5/fulltext

3788 Visualizações

A Knoow é uma enciclopédia colaborativa e em permamente adaptação e melhoria. Se detetou alguma falha em algum dos nossos verbetes, pedimos que nos informe para o mail geral@knoow.net para que possamos verificar. Ajude-nos a melhorar.