Signos referem-se a algo que não eles próprios e necessitam ser reconhecidos por quem os usa. Estes relacionam-se uns com os outros através de códigos, ou seja, através de regras aceites por todos os membros de uma comunidade. Quando se usam os mesmos sistemas de signos entre o transmissor e o leitor (recetor), os dois “significados” das mensagens apresentam uma maior proximidade.
Segundo o filósofo C. S. Peirce, o signo, aquilo a que este se refere e o utente encontram-se intimamente relacionados. Por isso, só é possível compreender cada um deles através da análise do seu conjunto. O signo representa algo para alguém – o objeto. Esta pessoa dirige-se a outra, ou seja, cria na mente desta um signo equivalente, ao qual chama interpretante do primeiro signo.
O conceito mental é produzido pelo signo e pela experiência que o utente tem do objeto, que se encontra dentro dos limites estabelecidos por convenção social (acordo entre os utentes acerca dos usos e reações que são adequadas a cada signo). As variações dentro dos limites convencionais devem-se a diferenças sociais e psicológicas entre utentes.
Para Peirce, existem três categorias de signos: ícone (semelhante ao seu referente. Exemplo: fotografia é semelhante ao que representa), índice (relação direta com o seu referente ou coisa que produz o signo. Exemplo: chão molhado indicia que choveu), símbolo (relação com o referente é convencional, isto é, foi acordado. Exemplo: as palavras não se associam ao seu referente. Representam algo porque assim foi acordado).
Peirce interessou-se pela forma como o entendimento que temos da nossa experiência e do mundo que nos rodeia, ou seja, a relação entre signos, pessoas e objetos. Já o linguista Saussure, interessou-se pela linguagem, a forma como os signos se relacionam uns com os outros.
Segundo Saussure, os signos consistem na imagem mental deste tal como o percebemos e no conceito mental, conceito este que é comum a todos os membros da mesma cultura que partilham a mesma língua.
References:
Fiske, John (1990), Introduction to communication studies, London, Routledge (trad. Introdução ao estudo da comunicação, Porto, Ed. Asa, 1993, pp. 14, 61, 63-67, 91)
Pignatari, Décio (2002), Informação Linguagem Comunicação, 1ª ed., Brasil, Ed. Ateliê Editorial, pp. 30, 31.