O que é o Aborto
Na medicina, o termo Aborto designa a expulsão prematura do embrião ou feto de dentro do útero materno, ocorrida por qualquer motivo, antes da 28ª semana de gravidez e que resulta na sua morte. Antes desse período, apenas muito excepcionalmente o feto pode sobreviver fora do útero.
Consoante a causa, o aborto pode ser classificado como espontâneo (aborto não provocado deliberadamente) ou induzido (abordo provocado deliberadamente):
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Aborto espontâneo: é o fim espontâneo ou acidental da gravidez em resultado da expulsão do embrião ou feto antes de este ter a capacidade para viver independentemente da mãe. A razão mais habitual é a existência de uma mal formação no feto e que impede o seu normal desenvolvimento. Esta mal formação pode ser herdada, provocada por uma lesão da mãe ou em resultado de uma doença infecciosa, vascular, entre outras. O primeiro sintoma de um aborto em preparação é o derramamento de sangue vaginal, o que exige imediata atenção médica. Os abortos espontâneos ocorrem geralmente entre o terceiro e o quarto mês de gravidez.
- Aborto induzido: é um aborto provocado deliberadamente (por isso também designado por interrupção voluntária da gravidez), podendo ocorrer através da ingestão de medicamentos ou através de meios mecânicos. Existe uma grande discussão sobre a ética deste tipo de aborto, a qual passa por dois pontos essenciais: (1) qual a primazia: o direito da mulher grávida ou o direito do feto ou embrião? (2) Em que momento se pode considerar o feto ou embrião como um ser humano (ou ser vivo) – no momento da conceção, no nascimento, ou num qualquer momento intermédio?