Ativos Defensivos (ou de refúgio)

Apresentação do conceito de ativo defensivo (ou de refúgio); tipos de ativos de refúgio; função de cobertura de riscos (hedging) dos ativos de refúgio…

Conceito de Ativo Defensivo ou de Refúgio

Um ativo defensivo ou de refúgio é um tipo de ativo para o qual são minimizados os efeitos da inflação, da desvalorização da moeda ou das ‘bolhas especulativas’ ocorridas nos mercados de capitais. Tradicionalmente, o conceito de ativo defensivo refere-se sobretudo a ativos reais como o imobiliário e os metais preciosos como o ouro, um tipo de baixo risco e mais imunes a grandes oscilações na economia e nos mercados de capitais. A dívida soberana (emitida e garantida pelo Estado) era também considerada um bom ativo defensivo mas, com o eclodir da grave crise financeira em 2008, os título de dívida soberana de muitos países deixou de ser considerada um ativo defensivo, limitando-se agora a títulos emitidos por países a cujas dívida as agências de rating atribuam a notação máxima. Por vezes são também são considerados como ativos defensivos as reservas em moedas mais estáveis como é o caso do dólar americano ou do franco suíço.

O grande objetivo do investimento em ativos de refúgio é a cobertura do risco. Para isso, os investidores introduzem na sua carteira de investimentos alguns destes ativos, prescindindo de alguma rendibilidade (dado que a estes ativos estão geralmente associadas baixas taxas de retorno) mas, em contrapartida, passarem a dispor de uma carteira com menos risco associado. É por isso que o recurso a ativos de refúgio ocorre com maior intensidade em períodos de grande inflação, desvalorização monetária, depressão económica, ou de maior instabilidade e insegurança quanto à evolução dos mercados de capitais dado que, pelas suas características, pode mesmo ter a função de cobertura de risco (hedging). De facto, em períodos de maior incerteza, a procura de ativos de refúgio tem tendência a aumentar, levando ao aumento do seu preço, tendo assim a capacidade de cobrir eventuais perdas em outros ativos em situações de choques graves nos mercados.

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References:

Silva, Miguel (2013). Bolsa – Investir nos Mercados Financeiros. 1ª Ed. Lisboa: Bookout.

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