Apresentação do movimento
O nacionalismo na música diz respeito a um movimento musical que começou no século XIX, durante o período romântico. Este movimento caracteriza-se pelo recurso e ênfase de elementos nacionais da música, nomeadamente, danças, canções e ritmos tradicionais, e/ou a temáticas que reflectissem a vida e a história nacionais.
Este movimento pode ser visto em função do contexto político, que levou à existência de vários movimentos políticos de independência na Europa, tais como os que ocorreram em 1848, “a primavera dos povos”, pela Europa Central e de Leste.
Nacionalismo na música: os compositores
- Frédéric Chopin foi um nacionalista pelo uso que fez dos ritmos e e danças polacas, a mazurka, por exemplo. Escreveu, também, a «Fantasia sobre Árias polacas» em 1928.
- Na Rússia, Mikhail Glinka, com a composição de «A Vida pelo Czar» (1836), iniciou um movimento nacionalista sustentado por César Cui, Modest Mussorgsky, Mily Balakirev, Nikolai Rimsky-Korsakov e Aleksandr Borodin, conhecidos como o Grupo dos Cinco.
- Franz Liszt expressou o espírito húngaro nas suas obras, que foi intensificado por Bela Bartók e Zoltan Kodály.
- Na Boémia, agora República Checa, imbuída no espírito nacionalista, encontra-se a música de Bedřich Smetana, Antonín Dvořák e Leoš Janáček.
- Na Noruega destaca-se o compositor Edvard Grieg e, na Finlândia, Jean Sibelius.
- Manuel de Falla, Isaac Albéniz e Enrique Granados são os representantes nacionalistas espanhóis.
- Na Inglaterra surgiram Gustav Holst e Vaughan Williams.
- Já no Brasil, Heitor Villa-Lobos é também considerado um nacionalista.
References:
Kennedy, M. (1994). Dicionário Oxford de Música. Publicações Dom Quixote.