Para podermos avaliar o nível dos cuidados de saúde num determinado contexto, é importante começar por compreender o conceito dos mesmos. Assim, iremos analisar os elementos a ter em conta, quando abordamos esta temática.
Quando se pretende avaliar as ofertas de cuidados de saúde existentes num território qualquer, a acessibilidade é um dos parâmetros a ter em conta ao nível dos aspetos económicos e sociais, que, de acordo com as diferentes realidades, assumem diferentes contornos multidimencionais (Remoaldo, & Costa, 2002).
Para garantirmos a qualidade dos nossos cuidados de saúde temos de conhecer as várias componentes do conceito de qualidade e elaborar um programa que, uma vez implementado, garanta essa mesma qualidade, indo ao encontro dos vários componentes avaliados, de acordo com o modelo nacional em vigor (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d.)
Neste campo, organismos de ordem social, como o Ministério da Saúde consideram que os mesmos precisam de maiores e melhores investimentos, no sentido de responder às necessidades dos utentes, procurando responder cada vez melhor e proporcionando mais oferta (Pessoa, 2005).
Hoje em dia, é considerada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a obrigatoriedade da criação de sistemas de qualidade de saúde, uma vez que o acesso à saúde é uma prioridade (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
Assim, a abordagem deste tema implica necessariamente que haja intervenção no processo de implementação de sistemas de qualidade no âmbito da saúde (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
O que significa “Saúde”?
Saúde significa que o indivíduo se sente mentalmente apto sem sofrimento, em pleno bem-estar físico, confortável e controlado emocional e espiritualmente (Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d.)
Em suma, o estado de saúde faz com que as nossas reproduções mentais nos proporcionem as sensações opostas ao estado de doença (Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d.).
O que é um “indivíduo”?
Um indivíduo é alguém capaz de adotar comportamentos baseados nos seus valores e nas suas convicções, nos desejos da sua natureza pessoal, de forma única e com direito a manter a sua própria dignidade com direito e determinação (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
Ambiente – do que se trata?
Entendemos como ambiente um contexto em que as pessoas vivem e se desenvolvem por elementos humanos físicos, políticos, económicos e culturais que condicionam e influenciam os seus estilos de vida e que se refletem a área da saúde (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
O que entendemos por “Qualidade”?
A designação de qualidade é muito mais complicada uma vez que ela tem contornos subjetivos, dependendo de quem a emprega, tal como políticos, gestores, prestadores de cuidados e utilizadores no glossário da língua portuguesa, etc, (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
A qualidade é definida pelo domínio da condição natural de uma pessoa ou coisa que a diferencia das outras (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
As condicionantes que influenciam o ser humano ao longo da história, têm demonstrado a sua busca ininterrupta para obter melhores condições de aperfeiçoamento e satisfazer melhor as técnicas de intervenção (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
Organizações como a Associação Internacional de Epidemiologia, pretendem executar e realizar serviços de qualidade com o intuito de obter respostas para os problemas de saúde dos utentes (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
A Associação Internacional de Epidemiologia promove um grau de adaptação a alcançar pelas ações dos serviços, medido pela comparação com parâmetros examinados ou critérios de avaliação (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
Ela exige uma visão partilhada por todos, orientada por valores como os da solidariedade e da competência técnica humana, devidamente conceituados, procurando a criação de um projeto integrado daquilo que se pretende que o serviço seja (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
Definindo preferências e fixando objetivos, mobilizam-se os cuidados de saúde, promovendo a execução de sistemas de trabalho benéficos que, se forem devidamente respeitados, melhoram a satisfação de utentes e de profissionais (Ribeiro, Carvalho, Ferreira, & Ferreira, s.d).
Conclusão
Podemos afirmar que as exigências nos cuidados de saúde do indivíduo tornaram-se cada vez maiores pelo que houve necessidade de implementar novos programas que visem cumprir com os novos objetivos exigidos.
A evolução das tecnologias permitiu melhorar a capacidade de resposta tanto de utentes como de profissionais, muito embora ainda haja muito trabalho a fazer devido as diferentes realidades existentes.
References:
- Remoaldo, P.C.A., & Costa, M.E.S. (2002). EQUIDADE NO ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE – RESULTADOS DE DOIS INQUÉRITOS REALIZADOS À POPULAÇÃO. Actas do Colóquio Internacional. Saúde e Discriminação Social, p.71-90. (2002);
- Ribeiro, O.P., Carvalho, F.M., Ferreira, L.M., & Ferreira, P.J.M. (s.d.). QUALIDADE DOS CUIDADOS DE SAÚDE. Enfermagem de Reabilitação. Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu, Portugal.
