Castelo de Palmela

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O Castelo de Palmela localiza-se na freguesia, vila e concelho de Palmela, no distrito de Setúbal.

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Este castelo localiza-se entre os estuários do rio Tejo e do rio Sado, próximo à foz deste último. Inscreve-se na chamada Costa Azul, no Parque Natural da Serra da Arrábida. Do alto da sua torre de menagem é possível ver até Lisboa em dias claros.

História do Castelo de Palmela

A ocupação humana primitiva desta região remonta à pré-história, nomeadamente ao Neolítico, como é possível verificar por alguns vestígios arqueológicos. Investigadores estimam que a fundação do povoado no local da atual Palmela date de 310 a.C., fortificado à época da romanização da Península Ibérica em 106. O território foi, posteriormente, ininterruptamente ocupado pelos Visigodos e Muçulmanos, tendo sido estes últimos os responsáveis pela primitiva fortificação, entre o século VIII e IX.

Durante a Reconquista Cristã da Península Ibérica as forças de D. Afonso Henriques vieram a cair no mesmo ano Sintra, Almada e Palmela. Nessa altura as forças muçulmanas que defendiam Palmela abandonaram-na e refugiaram-se em Alcácer do Sal. Os cristãos reconquistaram Palmela em 1158 que, apesar de ter sido novamente perdida, foi definitivamente conquistada pelo soberano em 1165. Posteriormente foram empreendidas obras de reforço.

Com a subida de D. Sancho I ao trono a povoação e os seus domínios foram doados pelo soberano à Ordem Militar de Santiago. No entanto, a localidade acabou por cair perante a investida das forças do Califado Almóada. Na ocasião as defesas ficaram bastante danificadas. Após a reconquista, o soberano determinou-lhe os reparos necessários nas defesas, incluindo no castelo.

D. Dinis confirmou o foral da vila em 1323 e é desta fase que data a construção da torre de menagem, em estilo gótico, defendendo a porta principal.

Durante o reinado de D. João I foram feitas obras de ampliação e reforço no castelo, determinando ainda a ereção da Igreja e do Convento onde a Ordem de Santiago se instalou em 1443.

Por decreto publicado a 23 de junho de 1910 o Castelo de Palmela foi classificado como Monumento Nacional. Poucos anos antes de 1940 promoveu-se um conjunto de intervenções no Castelo, que incluiram o derrube de construções e alterações nas janelas da Igreja de Santiago.

Características do Castelo

O Castelo de Palmela, numa cota de 240 metros acima do nível do mar, apresenta planta poligonal irregular, orgânica, com muralhas reforçadas por torreões de planta quadrada e circular.

A evolução do perímetro defensivo de Palmela pode ser analisada pelo estudo das muralhas, dispostas em três níveis de cercas, sem fossos, separadas por sucessivas barreiras, com uma linha interna (que remonta aos séculos XII e XIII), a linha intermediária (erguida no século XV) e a linha externa (edificada no século XVII).

O castelo de Palmela tem, no interior das suas muralhas, a Pousada Histórica de Palmela (localizada no antigo Convento da Ordem de Santiago), a Igreja de Santiago, as ruínas da Igreja de Santa Maria, o posto de turismo, lojas de artesanato e produtos regionais e ainda um café-esplanada.

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