O Império Mongol existiu no decorrer dos séculos XII e XIV, foi fundado pelo conquistador Genghis Khan, que iniciou a construção do seu Império ao unificar as tribos mongóis em 1206. Após esta unificação e consolidação do poder, Genghis estava preparado para a sua primeira grande conquista a China, na época fragmentada em vários reinos.
Entre 1219 e 1221 voltou a sua atenção para o ocidente e aniquilou o Império Corásmio, após Ala ad-Din Mohamed II, último monarca desta entidade, ter ordenado a execução de embaixadores e comerciantes mongóis. Face a esta conquista o Império de Genghis estendeu-se até a Ásia Central.
Em perseguição a Mohamed II, os exércitos mongóis atingem o que corresponde actualmente à Ucrânia, conquistando o Cáucaso na sua passagem.
A 18 de Agosto de 1227 numa das várias campanhas para a conquista do Norte da China, Genghis Khan morre e o seu império é dividido pelos filhos. Contrariamente ao que seria de supor, o Império manteve-se forte e continuou a sua política de expansão.
Ogodai filho de Genghis Khan terminou a pacificação do Norte da China e iniciou a conquista do Sul da China, anexou a Coreia aos seus domínios e a ocidente conquistou Kiev, a Polónia, a Hungria e a Roménia. No Médio Oriente conquistou a Pérsia, o Império atingia uma dimensão nunca antes vista.
Império Mongol e os Quatro Canatos
Em 1241 estavam a ser preparados planos para a conquista da Itália, Áustria e estados germânicos, estes preparativos foram interrompidos com a morte de Ogodai Khan e selecção de um novo governante. No regresso á Mongólia para a eleição do Khan, os exércitos mongóis dizimaram a Sérvia, Croácia e Bulgária tornando-os vassalos.
Com Mongke Khan as conquistas foram retomadas, em 1258 a grande cidade da Mesopotâmia Bagdad é conquistada e logo em seguida a Síria, em 1259 Mongke morre, e com ele as grandes conquistas do Império Mongol.
Kublai Khan terminou a conquista da China em 1279 unificando toda a China sob a bandeira Mongol, tenta conquistar o Vietname, Cambodja, Java, Mianmar e o Japão, sempre sem sucesso. Tentou anexar o Japão por duas vezes ao Império, mas é derrotado pelas kamikazes (ventos divinos), tempestades marítimas que dizimaram as frotas mongóis.
O império Mongol acabaria por fragmentar-se em quatro entidades distintas denominadas Canatos, fragmentação provocada por disputas internas. O Canato da Horda de Ouro governou o equivalente à Rússia por aproximadamente 250 anos. Ao Canato de Djaghatai correspondiam os territórios da Ásia Central, Tajiquistão, Afeganistão, Turquemenistão. Quirguistão e Uzbequistão, também designado como Horda Branca foi conquistado, em 1360 por Tamerlão. O Grão-canato na China, do qual fazia parte a terra natal dos mongóis, as estepes da Mongólia, a China, a Coreia e parte da Sibéria. Por fim o Ilcanato que compreendia a parcela territorial do Império Mongol no Médio Oriente.
A perícia em montar a cavalo, e a capacidade de mobilidade e atacar de longe o inimigo com constantes bombardeamentos de flechas tornou, o exército mongol temível. Eram capazes de cavalgar enormes distâncias num curto espaço de tempo, apenas na Segunda Guerra Mundial os exércitos conseguiriam superar a velocidade de movimentação dos mongóis, não raras vezes chegavam a determinada cidade para a conquistar antes mesmo dos mensageiros que transportavam a notícia da sua iminente chegada. Esta flexibilidade e facilidade de deslocação, num mundo com mobilidade limitada, estiveram na génese da criação do Império Mongol.
O avanço Mongol poderá ter salvado a Europa do mundo islâmico que a cercava um pouco por todos os lados, as potências islâmicas foram sucessivamente derrotadas pelo Império Mongol. A facilidade de deslocação mongol, e o sistema de transporte criado por estes, assente no cavalo e interpostos, tornou a ligação entre a Europa e Ásia muito fácil, o mundo ficou mais pequeno e a China acessível para trocas comerciais
Cavaleiro Mongol
