Cerco de Massada

O Cerco de Massada colocou de um lado os rebeldes judaicos e de outro as forças romanos sediadas na Judeia.

Contextualização do Cerco de Massada:

O Cerco de Massada surge no enquadramento da Primeira Grande Revolta Judaica contra a ocupação romana. Na década de sessenta após o nascimento de Cristo, os Judeus revoltam-se contra a ocupação romana de Israel. De entre as diversas facções judaicas na época, sobressaiam os Sicários – extremistas religiosas.

Em 66 nos primórdios da revolta judaica contra os ocupantes, os Sicários tomaram a fortaleza de Massada aos romanos. Massada é uma montanha de cume plano com apenas uma estrada de acesso ao topo, possibilitando apenas a passagem de duas pessoas de cada vez.

Fortaleza de Massada

Fortaleza de Massada

Em termos militares é um local extremamente vantajoso, permitindo uma defesa relativamente fácil da fortaleza edificada no cume de Massada por volta de 37 a. C.

Aos Sicários que tomaram a fortaleza, juntaram-se os expulsos de Jerusalém pela comunidade judaica mais tradicional, que desprezava o seu estilo de vida extremado.

Com grande parte da província da Judeia pacificada os romanos concentraram-se na reconquista de Massada. Em 72 iniciaram o cerco construindo uma fortificação em madeira em torno da montanha, impedindo qualquer tipo de fuga. Os romanos contornaram a dificuldade de acesso ao topo de Massada, construindo uma gigantesca rampa com milhares de toneladas de pedra.

Após terminada a construção da rampa no primeiro semestre de 73, invadem a fortaleza a 16 de Abril. Os romanos encontraram um cenário de desolação e morte, os Sicários tinham cometido suicídio, das aproximadamente mil pessoas entre crianças, mulheres e homens ninguém estava vivo.

Os edifícios foram totalmente queimados com excepção das reservas de comida, numa demonstração que os Sicários poderiam resistir, simplesmente preferiram a morte à escravidão.

O Judaísmo assim como o Cristianismo e Islamismo proíbem expressamente o suicídio condenando a alma á perdição eterna, Mediante esta postura dogmática, alguns estudiosos defendem que os Sicários mataram-se uns aos outros e que apenas um tirou a sua própria vida.

Certo é que no seio da comunidade judaica persiste a discussão. Uns consideram este acto a expressão máxima de liberdade e luta contra a opressão outros, um exemplo de extremismo e fanatismo religioso.

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References:

GRIMAL, P. ; O Império Romano, Edições 70., 2002.

BORDET, M. ; Síntese de História Romana, Edições Asa, 1996.

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