Microscópio Ótico de Campo Claro

Microscópio Ótico de Campo Claro: Os microscópios permitem a observação de células ou tecidos, vivos ou mortos. O primeiro microscópio composto…

Microscópio Ótico de Campo Claro

Os microscópios permitem a observação de células ou tecidos, vivos ou mortos. O primeiro microscópio composto foi construído por Zacharias Jansen em 1590.

No microscópio ótico de campo claro (MOCC), o tecido é normalmente montado entre uma lâmina de vidro e uma lamela e colocado no microscópio, na platina, para visualização. A luz da fonte é focada pelo condensador para o tecido, as lentes da objetiva recebem a luz transmitida pelo objeto e focam-na para o plano focal das lentes oculares, criando uma imagem. Alguns microscópios possuem um diafragma, que dificultam a passagem de luz, tornando a imagem mais ou menos luminosa.

Formação da imagem

A luz é focada pelo condensador, formando um cone luminoso que atinge o objeto. A combinação da lente objetiva com a lente ocular leva à criação de uma imagem iluminada do tecido. As lentes das objetivas podem ter várias ampliações (4x, 10x, 40xe 100x), já a ocular apresenta usualmente uma ampliação de 10x. A ampliação total obtida é dada pela seguinte fórmula: ampliação total = ampliação da objetiva x ampliação da ocular. É necessário ter em atenção que a imagem final captada pelo olho está invertida em relação ao que o objeto realmente é.

Resolução e limite de resolução

A melhor qualidade do microscópio ótico não é a ampliação, mas sim a resolução. A resolução ou poder resolvente é definida pela capacidade de distinguir dois pontos muito próximos e depende do limite de resolução, que corresponde à distância mínima entre 2 objetos distintos. Ou seja, quanto menor é essa distância, maior é o poder de resolução. A objetiva de imersão é utilizada para se obter um limite de resolução menor, isto é um maior poder de resolução. É importante ser utilizada quando se pretende obter uma elevada ampliação e, por isso, utiliza-se a objetiva de 100x. É também utilizado um óleo que possui um índice de refração igual ao do vidro, o que faz com que a luz não seja refratada quando muda de meio, não ocorrendo perdas de informação.

Limite à observação de material biológico

A observação de células coradas é necessária para a sua visualização através do MOCC. As zonas coradas das células reduzem a amplitude da onda da luz de particular comprimento de onda que passa por ela. Assim, uma imagem colorida é obtida, permitindo a observação das células. Quando se tenta visualizar células não coradas, a onda da luz sofre pequenas alterações de amplitude e os detalhes estruturais não são visíveis, mesmo utilizando uma elevada ampliação. No entanto, a fase da onda é alterada pela passagem pela célula, podem tornar-se visíveis pequenas diferenças.

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