Haemophilus ducreyi

A bactéria Haemophilus ducreyi pertence ao Filo Proteobacteria, integrado na Classe Gammaproteobacteria, que se subdivide na Ordem Pasteurellales, inclusa Família Pasteurellaceae e no Género Haemophilus. É um organismo pleomórfico, sendo o responsável pelo cancro mole, uma doença sexualmente transmissível. Este microrganismo não produz toxinas e é um parasita obrigatório.

O Haemophilus ducreyi e é um microrganismo em forma de bastonete, Gram-negativo, que é patogênico para o ser humano. Este organismo é aeróbio facultativo. O restritivo genérico desta bactéria, Haemophilus, significa que tem afinidade com o sangue. A hematina encontrada no sangue é necessária para o sistema de citocromos da bactéria. O sangue também contém NAD+, necessário à atividade metabólica do Haemophilus ducreyi.

O cancro mole, resultado da infeção por Haemophilus ducreyi, manifesta-se através de uma úlcera genital bastante dolorosa. Os nódulos linfáticos inguinais, situados na zona da virilha, apresentam-se inchados e doridos, tornando-se opacos, podendo libertar pus ao romperem-se.

O diagnóstico diferencial inclui a exclusão da sífilis, do herpes e da infeção por Chlamydia como causa da úlcera. A úlcera da sífilis é indolor e não há libertação de pus. As lesões provocadas por herpes começam com vesículas que, ao romperem, podem ser confundidas com o cancro mole, especialmente por serem dolorosas. O herpes genital é normalmente acompanhado de sintomas sistêmicos como mialgias e febres, enquanto que o cancro mole não produz sintomas desse tipo. O LGV, Lymphogranuloma venéreo, provocado pela Chlamydia trachomatis, apresenta nódulos linfáticos inguinais supurativos, opacos e indolores que se  desenvolvem mais lentamente que os do cancro mole. A úlcera primária do LGV desaparece antes do aumento dos nódulos linfáticos, enquanto no cancro mole ambos, a úlcera e os nódulos aumentados, coexistem.

O cancro mole provocado pela Haemophilus ducreyi é combatido com eritromicina ou trimetoprim. O tratamento de úlceras genitais é vital, pois lesões abertas criam uma porta de entrada na pele, aumentando o risco de transmissão do HIV.

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