Geriatria

Geriatria define-se pelo ato de atender o idoso aos níveis psicológico e funcionalquando necessita de cuidados.

Geriatria

Geriatria define-se pelo ato de atender o idoso aos níveis psicológico e funcional quando necessita de cuidados. O geriatra preocupa-se com todos os aspetos da saúde do idoso ao longo do seu envelhecimento.

Em todo o mundo, o número de pessoas com 60 anos ou mais está em crescimento mais rapidamente do que o de qualquer outra faixa etária avançado (Schneider, &Irigary, 2008). A população de idosos, isto é, pessoas com 60 anos ou mais ano cresceu 7,3 milhões entre 1980 e 2000, o que irá totalizar mais de 14,5 milhões em 2000, até 2025, um número muito mais avançado (Schneider, &Irigary, 2008). O aumento do número de anos é decorrente da redução nas taxas de fertilidade e do acréscimo da longevidade nas últimas décadas(Schneider, & Irigary, 2008). Observam-se quedas abruptas nas taxas de fertilidade e, além disso, estima-se que, até 2025, 120 países terão chegado a taxas de fertilidade total abaixo do nível de reposição média da mesma, o que significa 2,1% de crianças por mulher(Schneider, &Irigary, 2008).

Atualmente, 70 países já possuem taxa de fertilidade menor que o nível de reposição, sendo que em 1975 apenas 22 países possuíam esse índice (Schneider, &Irigary, 2008)

A partir daqui, a geriatria, além de ser uma das especialidades médicas mais recentes, tem sido considerada como uma especialidade de importância fundamental e em franca expansão no mercado de trabalho (Pereira, Schneider, &Schwanke, 2009). Geriatria refere-se à especialidade médica responsável pelos aspetos clínicos do envelhecimento e pelos amplos cuidados de saúde necessários às pessoas idosas (Pereira, Schneider, &Schwanke, 2009).

 É a área da medicina que cuida da saúde e das doenças da velhice; que lida com os aspetos físicos, mentais, funcionais e sociais, nos cuidados agudos, crónicos, de reabilitação, preventivos e paliativos dos idosos; e que ultrapassa a medicina centrada em órgãos e sistemas oferecendo tratamento holístico, em equipas interdisciplinares e com o objetivo principal de otimizar a capacidade funcional e melhorar a qualidade de vida e a autonomia dos idosos (Pereira, Schneider, &Schwanke, 2009).

Como dizem Pereira, Schneider, eSchwanke (2009) foi em 2009 que se comemorou um século de existência desta especialidade médica instigante e desafiadora, pelo que os autores focaram alguns aspetos relacionados com o indivíduo idoso e com a geriatria. Os autores também contextualizaram esta ciência desde os seus primórdios até à atualidade, passando por uma breve discussão sobre a pesquisa e a produção científica, os desafios enfrentados pelos profissionais, bem como os avanços e perspetivas da área do envelhecimento (Pereira, Schneider, &Schwanke, 2009).

A geriatria na psicologia

Basicamente, a geriatria na psicologia emergiu do interesse pelo envelhecimento em articulação com a psicologia do desenvolvimento (Teixeira, 2006). Primeiro houve uma grande curiosidade acerca da infância no que concerne ao desenvolvimento e as consequências provenientes deste que influenciam a velhice, do ponto de vista das experiências ocorridas nos primeiros anos de vida e depois na adolescência (Teixeira, 2006). Neste sentido, os profissionais da psicologia procuraram realizar a sua intervenção junto de adultos e idosos no âmbito da recolha de informação acerca dos acontecimentos no sentido da direção oposta do curso de vida (Baltes, 1995, cit in Teixeira, 2006).

Imagens de velhice

Schneider e Irigary(2008) dizem que, mesmo nos dias atuais, o envelhecimento aparece associado a doenças e perdas, e é na maioria das vezes entendido como apenas um problema médico. O envelhecimento ainda está ligado à deterioração do corpo, ao declínio e à incapacidade que na base da rejeição ou da exaltação acrítica da velhice, existe uma forte associação entre esse evento do ciclo vital com a morte, a doença, o afastamento e a dependência (Schneider, &Irigary, 2008).

A velhice passou a ser tratada como uma etapa da vida caracterizada pela decadência física e ausência de papéis sociais a partir da segunda metade do século XIX(Schneider, &Irigary, 2008). O avanço da idade dar-se-ia como um processo contínuo de perdas e de dependência, que daria a uma identidade de falta de condições aos idosos e seria responsável por um conjunto de imagens negativas associadas à velhice (Schneider, &Irigary, 2008).

As associações negativas relacionadas com a velhice atravessaram os séculos e, ainda hoje, mesmo com tantos recursos para prevenir doenças e retardá-la, é temida por muitas pessoas e vista como uma etapa detestável (Schneider, &Irigary, 2008).

Conclusão

Podemos concluir que a geriatria tem como função cuidar e tratar todos os procedimentos da doença do idoso. Sabemos que esta ciência interventiva não lida só com os aspetos fisicos, mas também mentais e sociais para melhorar a qualidade de vida do idoso em toda a sua plenitude.

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References:

 

  • Pereira, A.M.V.B., Schneider, R.H., &Schwanke, C.H.A. Geriatria, uma especialidade centenária. Geriatrics, a centenarian medical speciality. Scientia Medica, Porto Alegre [online] 2009, v.19, n.4 [cited 2016-07-02]: pp.154-161.
  • Schneider, R.H., & Irigaray, T.Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. The process of aging in today’s world: chronological, biological, psychological and social aspects. Estudos de Psicologia(Campinas) [online]. 2008 I 25(4) [cited 2016-07-02]: pp. 585-593. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v25n4/a13v25n4.pdf
  • Teixeira, P. (2006). ENVELHECENDO PASSO A PASSO. [em linha] PT, O PORTAL DOS PSICÓLOGOSwww.psicologia.com.pt. Disponível em http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0283.pdf
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