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Conceito de Free Float
O free float (que em português significa ‘flutuação livre’) é uma expressão utilizada no mercado de capitais e que designa a parcela de títulos mobiliários (geralmente ações) de uma empresa que são transacionadas livremente em bolsa, sendo, portanto, um indicador do grau de dispersão das ações em bolsa. Distingue-se, portanto, das ações em circulação ou das ações admitidas à cotação dado que estas englobam não apenas o free float como também outras parcelas que não o são e que estão nas mãos de investidores de referência/qualificados como os detentores de participações qualificadas. Assim, a expressão designa o capital que pode facilmente ‘mudar de mãos’ através de transações em bolsa.
A par com a capitalização bolsista, o free float é um dos critérios mais relevantes para que determinado título tenha entrada nos índices de mercado de referência/benchmark. Em alguns índices de referência existem mesmo mínimos de free float para que se possa estar presente pois este é um importante determinante da liquidez dos títulos.
Uma das grandes vantagens que o aumento do free float é o facto de contribuir para a redução do risco de liquidez, na medida em que facilita a transação dos títulos, tornando-os mais apetecíveis para os investidores. Por outro lado, proporciona mais autonomia aos gestores na medida em que o capital está mais disperso, reduzindo o poder dos acionistas. Pelo contrário, quando o grau de dispersão é baixo, mesmo que o número de ações cotadas e a capitalização bolsista seja elevada, as condições de negociabilidade fica prejudicada e dificulta operações como as oferta pública de aquisição (OPA).
References:
Mota, António Gomes (2012). Finanças da Empresa – da teoria à prática. 5ª Ed. Lisboa: Edições Sílabo.
