Renoir

Quem foi Pierre-Auguste Renoir

A dor passa, mas a beleza permanece“, disse Renoir, um dos maiores pintores impressionistas e mestre em retratar a luz, o brilho e a beleza das coisas. Reconhecido por celebrar a beleza e, especialmente, a sensualidade feminina.

Pierre-Auguste Renoir foi um dos famosos pintores do movimento impressionista. Um mestre na interpretação da luz e da cor na natureza. 

Uma manhã, um de nós esgotou a tinta preta; e foi o nascimento do impressionismo.” – Pierre-Auguste Renoir

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Renoir

(1840-1926)

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Pierre-Auguste Renoir  .
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Dados Biográficos

Nome completo: Pierre-Auguste Renoir
Nascimento: 25 de Fevereiro de 1841 (Limoges, França)
Morte: 3 de Dezembro de 1919 (Cagnes-sur-Mer, França)
Nacionalidade: Francês
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Cargos, Funções, Actividades Profissionais

Áreas em que se distinguiu: Pintura
Profissão/cargo: Pintor
Movimento Artístico: Impressionismo
Principais Obras: “Mulher com sombrinha” de 1867; “O passeio” de 1870; “A bailarina” de 1874; “Le Moulin de la Galette de 1876; “Ao piano” de 1893
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1841 1854 1862 1874 1892 1919
Nascimento

Começa a trabalhar como pintor de porcelana numa fábrica em Paris.

No ateliê de Gleyre, Renoir trava amizade com outros três jovens artistas: Frederic Bazille, Claude Monet e Alfred Sisley.

Renoir juntamente com Monet e o restante grupo de Impressionistas, realizam a exposição que marca o início do Movimento Impressionista.

Organiza outra exposição individual onde expôs mais de 70 quadros e consegue o seu primeiro reconhecimento oficial por parte do governo francês.

Morre.

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Pierre-Auguste Renoir nasceu em 25 de Fevereiro de 1841, em Limoges, França. Proveniente de uma família modesta, o pai era alfaiate e a mãe costureira.

Em 1854, com apenas treze anos, começa a trabalhar como pintor de porcelana numa fábrica em Paris, o que lhe atribuiu uma grande experiência no trabalho com as cores e uma técnica muito aperfeiçoada de pintura. Desde muito cedo, lhe entusiasmaram os tons delicados e a força luminosa das cores. Em pouco tempo, Renoir começou a explorar outros tipos de pintura decorativa para ganhar a vida.

Mostrando um talento nato para o desenho, começa a frequentar aulas preparatórias para ingressar na École des Beaux-Arts, numa escola de arte patrocinada pela cidade.

Em 1862, é admitido na École des Beaux-Arts, de Paris. Usando a imitação como uma ferramenta de aprendizagem, Renoir começou a estudar e copiar algumas das grandes obras penduradas no Louvre. E pouco tempo depois, começa a estagiar no ateliê do pintor suíço Charles Gleyre.

No ateliê de Gleyre, Renoir trava amizade com outros três jovens artistas: Frederic Bazille, Claude Monet e Alfred Sisley. E através da sua amizade com Monet, acaba também conhecendo a Camille Pissarro e Paul Cézanne.

A sua relação com Monet foi particularmente importante e decisiva para o aparecimento do movimento “Impressionista”. Ambos defendiam a importância de pintar no exterior e interpretar as cores tal como estas eram vistas na natureza.

Em 1872, expôs a tela “Mulheres parisienses vestidas como Argelinas” no Salão Oficial de Paris, o que lhe conferiu grande sucesso e reconhecimento. Conseguindo no ano seguinte, alugar um pequeno apartamento em Montmartre onde pintou duas das suas obras mais famosas: “O camarote” e a “A bailarina”.

Em 1874 Renoir juntamente com Monet e o restante grupo de Impressionistas, realizam a exposição que marca o início do Movimento Impressionista, no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar.

Em 1876 Renoir pinta várias obras famosas: “Nu ao sol”, “O balanço” e “Le moulin de la galette”. A obra “Le moulin de la galette” foi exposto no terceiro salão alternativo dos impressionistas, aumentando de forma positiva a sua reputação. Mas, a sua carreira como artística, só começa a consolidar-se, depois da sua exposição individual realizada na galeria de Durand-Ruel, no ano de 1883.

Entre 1884 e 1887, Renoir entrou num novo período que designou por “manière aigre”. A obra “Os Guarda-Chuvas” marca muito bem este novo período de mudança. O oitavo e último salão dos impressionistas realizou-se em 1886, já sem a participação de Renoir.

Em 1890, como a estabilização da sua carreira como artista, Renoir decide assentar e casa-se com a sua namorada e companheira de longa data, Aline Charigot. Nesse momento o casal já tinha um filho, Pierre, nascido em 1885 e com o passar dos anos, a família foi crescendo com o nascimento de mais dois filhos, Jean, em 1894, e Claude, em 1901. Os seus filhos serviram de inspiração para uma série de pinturas.

Nos últimos trinta anos da sua vida, Renoir era plenamente reconhecido e a constante venda de obras, garantiam-lhe uma vida desafogada. Durante este período aproveitou para viajar, onde tomou contacto com a pintura italiana e espanhola e pintou com outros pintores seus contemporâneos, nomeadamente Cézanne que o admirava muito.

Neste período, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele admirava muito.

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Renoir, “Le Moulin de la Galette”

A sua obra de maior impacto foi “Le Moulin de la Galette”, onde conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores através de um traço firme e uma riqueza de colorido.

Em 1892 Durand-Ruel organiza outra exposição individual onde Renoir expôs mais de 70 quadros. Exposição esta, onde recebeu grandes elogios por parte da critica e, apesar da ainda grande relutância na aceitação dos impressionistas, consegue o seu primeiro reconhecimento oficial por parte do governo francês, ao comprar a obra “Ao Piano”.

Em 1905, Renoir mudou-se para Cagnes, em busca de clima mais saudável.

Em 1919 foi levado em cadeira de rodas a visitar o Louvre, onde pode ver com os seus próprios olhos, um dos seus quadros ao lado de Veronese. Nesse mesmo ano, caí na cama em Novembro por uma pneumonia e acaba morrendo a 3 de Dezembro. Está sepultado em Essoyes, ao lado de Aline, a sua mulher.

Renoir é considerado por muitos o pintor da luz, da felicidade e da harmonia.

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References:

BENEDETTI, Maria Teresa. Impressionismo: le origini. Edição 159 de Art dossier – Volume 159 de Dossier d’art. Giunti Editore, 2000

FEIST, Peter H. Pierre-Auguste Renoir, 1841-1919: un sueño de armonía. Advanced Marketing, S. de R. L. de C. V., 2003

HALLIWELL, Sarah. Impressionism and Postimpressionism: Artists, Writers, and Composers, Volume 6 de Who and when? – Raintree Steck-Vaughn, 1998

PARSONS, Tom. Pierre Auguste Renoir. Sterling Pub., 1996

RAYFIELD, Susan. First Impressions: Pierre Auguste Renoir. Harry N. Abrams, 1998

WADLEY, Nicholas. Renoir, A Retrospective. Park Lane, 1989

WHITE, Barbara Ehrlich. Renoir: His Life, Art, and Letters. Abrams, 2010

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