Herzog, Werner

Werner Herzog

Werner Herzog

Werner Stipetić Herzog é um conhecido o cineasta alemão, mais comummente conhecido apenas por Werner Herzog, nome adotado pelo realizador logo no início da sua carreira na área do cinema, por o considerar mais impactante e memorável que o seu último apelido.

Nascido em 1942 em Munique, na Alemanha, Werner é de ascendência croata, e passou grande parte da infância na pequena vila de Sachrang, na Baviera, onde a sua família se refugiou devido à II Guerra Mundial; os seus primeiros anos de vida foram difíceis, vivendo em condições bastante precárias. Ainda criança, foi abandonado pelo pai.

Werner Herzog teve uma infância e adolescência conturbadas; aos 12 anos regressou com a sua mãe para Munique, onde terminou os seus estudos, embora nunca tenha revelado qualquer tipo de aptidão artística. Contudo, o primeiro contacto com o cinema do jovem Herzog, aquando a passagem de um projecionista ambulante pela vila de Sachrang, deixou-o decidido a perseguir uma carreira nessa área.

Aos 18 anos, Herzog começou a explorar mais profundamente o seu interesse pelo cinema, tornando-se autodidata ao aprender as bases da arte cinematográfica através de uma enciclopédia, e ensaiando as suas primeiras filmagens com uma câmara de 35 mm que roubou da Munich Film School. Após terminar os seus estudos secundários, Herzog recebeu uma bolsa de estudos para a Duquesne University em Pittsburgh, Pennsylvania, nos Estados Unidos da América; contudo, decidiu ao invés trabalhar como soldador numa fábrica, de forma a ganhar algum dinheiro para financiar os seus projetos cinematográficos. Com 20 anos, em 1962, o realizador produziu o seu primeiro trabalho, uma curta-metragem intitulada “Herakles”.

Noa anos seguintes, Werner Herzog continuou a escrever, produzir e realizar diversos filmes, tanto no âmbito do cinema documental como ficcional; o realizador foi um dos pioneiros e uma das grandes figuras do Novo Cinema Alemão, movimento ao qual também estão ligados nomes como Wim Wenders, Rainer Werner Fassbinder ou Margarethe von Trotta, e que foi buscar grande inspiração à Novelle Vague francesa, sendo os filmes caracteristicamente de baixo orçamento e pelo experimentalismo e inovação, tanto a nível técnico como narrativo, tentando distanciar-se ao máximo do cinema clássico.

Em 1972, com o lançamento de “Aguirre, der Zorn Gottes” (“Aguirre, a Cólera de Deus”), o realizador alcança pela primeira vez o sucesso e reconhecimento a nível internacional há muito ambicionados; a este seguem-se diversos filmes, que vieram solidificar a sua reputação e estabelecê-lo como um dos mais influentes cineastas alemães.

A filmografia de Herzog caracteriza-se principalmente pela forte componente onírica, e pelos traços dramáticos e conflitos dos personagens. Dos diversos filmes realizados por Herzog, tanto ficcionais como documentais, destacam-se “Nosferatu, Phantom der Nacht” (“Nosferatu, o Fantasma da Noite”) de 1978, “Fitzcarraldo”, de 1982, “Mein Liebster Feind” (“Meu Inimigo Íntimo”), de 1999 ou “Encounters at the End of the World” (“Encontros no Fim do Mundo”), com o qual foi nomeado para o seu primeiro e único Óscar em 2009, na categoria de Melhor Documentário.

Ao longo da sua carreira, Herzog foi nomeado para diversos outros prémios, incluindo os Primetime Emmy Awards, BAFTA Awards, Bavarian Film Awards, e tem sido destaque em festivais como o Cannes Film Festival, Berlin International Film Festival ou o Locarno International Film Festival, entre muitos outros.

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